Imagens do médico atacando guarda-vidas durante treinamento em Meia Praia repercutiram na internet; ele também foi acusado de assediar duas socorristas e desacatar uma policial militar.
Um médico paranaense, de 43 anos, é apontado como o homem que atacou um guarda-vidas durante treinamento em Meia Praia de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina. A agressão foi registrada no início da noite de domingo (15).
Além da agressão que fraturou o rosto e os arcos costais do socorrista, duas guarda-vidas também apontaram o médico como um assediador. De acordo com elas, pouco antes da agressão, enquanto elas sinalizavam a praia, o médico começou a provocá-las, ao questionar o porque da importunação, o homem respondeu que elas não eram militares e que, por isso, “mereciam se f***r”.
Guarda-vidas sofreu fratura no rosto e arcos costais e ficará 30 dias afastado do trabalho – Foto: Reprodução/ND
Levado para a delegacia, o médico ainda desacatou uma Policial Militar, ainda assim ele não foi preso. O profissional assinou um termo circunstancial, foi liberado e deve responder pelos crimes em liberdade.
Ainda de acordo com as guarda-vidas, a agressividade do médico as fizeram acreditar que seriam agredidas por ele, instantes depois o homem agrediu propositalmente um guarda-vidas que participava das atividades.
Agressão inesperada
De acordo com relatório do Corpo de Bombeiros, cerca de dez socorristas faziam o treinamento de entrada em corrente de retorno, e enquanto corriam, o médico entrou também correndo em sentido contrário no meio da formação e se chocou contra um dos socorristas.
O homem deu um soco na vítima que caiu no chão, o impacto lesionou a face do salva-vidas e uma fratura nos arcos costais, o que afastou o bombeiro por pelo menos 30 dias das atividades profissionais.
Após a agressão repentina, o médico ainda quis enfrentar os guarda-vidas que acionaram a Polícia Militar.
Homem agrediu guarda-vidas enquanto realizava treinamento – Vídeo: Reprodução/Internet
A vítima foi conduzida ao Hospital Santo Antônio para atendimento, e os demais envolvidos à delegacia de Polícia Civil para que fosse concluído o procedimento em local seguro, posto que inúmeras pessoas começaram a aglomerar no local reprovando a atitude do médico.
Na delegacia, o médico, ao prestar depoimento à Policial Militar, agia de forma debochada e desrespeitosa, rindo a todo momento e alegou que foi ameaçado e quase agredido, por fim, foi dado voz de prisão por lesão corporal grave ou gravíssima de forma dolosa, ou seja, com intenção.
Vídeo: Reprodução/Internet
Fonte: ND+, GRAZIELLE GUIMARÃES, ITAJAÍ
