Escolas particulares vão precisar de autorização das prefeituras para retomar aulas presenciais

Escolas particulares vão precisar de autorização das prefeituras para retomar aulas presenciais

Prioridade de retorno das aulas será para turmas de anos finais, com alunos mais velhos(Foto: Tiago Ghizoni / Arquivo NSC)

Volta presencial dos alunos está autorizada pelo Estado a partir da semana que vem, mas depende da situação de cada município.

As escolas particulares de Santa Catarina vão precisar de planos de contingência aprovados pelas prefeituras para que a volta dos alunos seja autorizada. A retomada das aulas presenciais no Estado foi autorizada pelo governo de SC a partir da semana que vem, depois do feriado de 12 de outubro, mas o retorno depende da situação de cada município.

A volta às aulas vai ocorrer inicialmente nas regiões de risco moderado ou alto para o coronavirus, conforme o mapa de risco elaborado pelo governo do Estado. Conforme a atualização desta quinta-feira (8), as aulas poderiam voltar em quatro regiões: Oeste, Xanxerê, Serra Catarinense e Médio Vale do Itajaí.

Para as escolas particulares, o retorno dos alunos deve respeitar as medidas do plano de contingência do Estado, que prevê turmas escalonadas e prioridade para os anos finais, com alunos mais velhos. A educação infantil ainda não foi incluída nos planos de volta às aulas. Cada escola particular vai precisar apresentar o seu próprio protocolo, com base nas diretrizes estaduais e municipais, e passar por aprovação dos comitês municipais, que vão avaliar e acompanhar as medidas de segurança nas unidades de ensino.

Além do plano de contingência do Estado, que deverá guiar todas as escolas, as unidades particulares de Santa Catarina vão se basear também em um documento feito pela Federação Nacional de Escolas Particulares (Fenep). A entidade nacional compartilhou com as regionais um protocolo de acolhimento que prevê ações administrativas, educacionais, psicológicas e até emocionais para a volta dos alunos após praticamente sete meses de suspensão pela pandemia.

O Sindicato das Escolas Particulares do Estado de Santa Catarina (Sinepe/SC) afirma que as escolas catarinenses já se prepararam ao longo dos últimos meses e estão prontas para receber os alunos. Além disso, o sindicato se posicionou de maneira crítica contra a decisão do governo de Santa Catarina de priorizar algumas turmas e regionalizar a decisão. Em nota, o presidente do Sinepe/SC, Marcelo Batista de Sousa, chamou a decisão de “retrocesso e disse que a medida do Estado é “baseada em opiniões, sem nenhum lastro científico”. O sindicato defende a volta às aulas presenciais de forma completa.

Confira as principais regras definidas pelo Estado para o retorno das aulas presenciais

– Os pais ou responsáveis podem optar por não mandar os alunos aos educandários, desde que assinado termo de responsabilidade.

– A prioridade de retomada é para alunos de final de nível ou etapa que a mantenedora oferece, bem como, alunos sem acesso às atividades escolares remotas.

– As filas, o acesso nas entradas e saídas devem obedecer o distanciamento de 1,5 metros entre as pessoas.

– A distribuição de alimentos e o uso dos refeitórios devem ocorrer em horários pré-estipulados para cada grupo de aluno e devem receber apenas 1/3 da sua capacidade por vez.

– Os estudantes devem se acomodar cumprindo o distanciamento de 1,5 metros nos refeitórios.

– O transporte deve ter no mínimo um banco de intervalo entre os alunos, tanto em carros de passeio, como em vans.

– Nos ônibus a ocupação de assentos deve ser alternada, como prioridade, até o limite de um aluno por assento. Está proibido a circulação de estudantes de pé.

– Somente será permitido a volta em escolas que obtiveram a homologação do Plano de Contingência Escolar junto ao Comitê Municipal de Gerenciamento de Pandemia da Covid-19.

– Os estabelecimentos serão fiscalizados pelas vigilâncias sanitárias do município e da região, bem como instituições de segurança pública: Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar.

Foto: Tiago Ghizoni / Arquivo NSC
Fonte: NSC Total – DC – Por Lucas Paraizo