Taxa de letalidade por coronavírus em SC atinge maior patamar desde 31 de maio

Taxa de letalidade por coronavírus em SC atinge maior patamar desde 31 de maio

Redução de novos casos da covid-19 em SC ainda deve fazer taxa de letalidade crescer nos próximos dias, aponta especialista(Foto: Diorgenes Pandini, Diário Catarinense, arquivo)

Especialista aponta que taxa tende a crescer nos próximos dias, por causa da redução no total de novos casos e manutenção do número mais alto de mortes.

Santa Catarina registrou nessa terça-feira (25) o maior índice de letalidade por causa do novo coronavírus desde 31 de maio. A taxa atual mostra que 1,56% dos casos confirmados evoluíram para mortes.

A taxa de letalidade está em crescimento desde 11 de julho em Santa Catarina. Em 10 de julho, alcançou o nível mais baixo da pandemia: 1,14%. Santa Catarina está na contramão da média brasileira. No país, o ápice foi atingido em 2 de maio, com 6,99% de letalidade. Desde então segue em queda gradual e atingiu nesta terça-feira 3,18%.

O índice mais alto alcançado até agora em Santa Catarina foi 3,86%, em 23 de abril. Mas na época, no entanto, o Estado não tinha testagem em massa, priorizando os casos mais graves, o que explica os valores tão elevados. A taxa de letalidade é calculada dividindo o total de mortes pelo total de casos do novo coronavírus. Quanto mais pessoas são testadas, mais o índice tende a cair.

Segundo o ex-diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde e pesquisador da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Julio Henrique Croda, a taxa de letalidade de Santa Catarina ainda tende a crescer mais nos próximos dias, à medida que o total de novos casos começar a diminuir e o número de óbitos continuar alto. Como a maioria das mortes começa a aparecer a partir de 14 dias após a infecção pelo vírus, o alto número de casos confirmados nas semanas que se passaram tende a se refletir agora ou em óbitos ou em cura.

Foto: Diorgenes Pandini, Diário Catarinense, arquivo
Fonte: NSC Total – DC – Por Jean Laurindo