Conferência em Itapema foi aberta com apresentação de projetos que incentivam a participação do cidadão nas praticas ambientais

Luiz Eduardo Cheida, Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, evidenciou experiências do Paraná com comitês que envolvem poder público, usuários das bacias e sociedade civil organizada

A abertura da primeira Conferência de Inovações e Desafios do Saneamento da Costa Esmeralda, com palestra do Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, destacou a importância do envolvimento das pessoas para a promoção de mudanças de comportamentos que possam trazer melhorias para o meio ambiente. Segundo ele, a perenidade exige o envolvimento da comunidade e o desenvolvimento de projetos. Traçar um plano para hoje e para sempre. Temos quatro eixos na política de saneamento ambiental que são a água, o esgoto, a drenagem e os resíduos sólidos. É necessário pensar em rede já que um depende do outro. Quando falamos em política, falamos de diretrizes e de diagnósticos para traçar cenários, ter suas metas e prazos definidos. Os planos se desdobram em programas que são conjuntos de atividades do que nos propomos fazer. E cada programa é desdobrado em projetos, destacou.

Outra sugestão é pensar como Bacia Hidrográfica, e não como município. Consorciar com os outros municípios permite pensar em projetos de geração de energia. Criamos vários comitês no Paraná com representantes do poder público, da sociedade organizada e de usuários da bacia que já começam a dar resultados. A instituição de mecanismos financeiros para quem preserva o meio ambiente é um exemplo de mecanismos definidos nos comitês. A questão ambiental não existe, o que existe é uma questão humana. O homem é o problema para o meio ambiente. O meio para resolver os problemas da Costa Esmeralda não é técnico ou biológico, e sim social que diz respeito aos hábitos de consumo das pessoas, à cultura da sociedade. É preciso propor projetos que incentivem a conscientização e a participação da sociedade, salienta.

De acordo com ele, o índice de perda de água no Brasil é alto, acima de 30%, mas tem locais com mais de 60% de perda entre a captação e a entrega. Os desafios são reduzir perdas, atingir universalidade, manter a qualidade e melhorar a oferta. Inovações são os controles (telemetria), transmissão de dados on line, hidrômetros mais precisos e interligados. No esgoto desafio de atingir a universalidade, eficácia de 100% e eficiência em curto prazo. Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos são outros desafios que exigem práticas para que os resíduos possam voltar para a cadeia produtiva.

Este evento é um ponto de partida para o envolvimento da sociedade civil a debater e discutir formas para manter um projeto de preservação do meio ambiente. O objetivo está exatamente em despertar e provocar a população a montar grupos de trabalho para discutir tecnicamente os problemas existentes da bacia do Perequê, afirmou Mario Marcondes Neto, presidente da Conasa Águas de Itapema, na abertura do evento.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Cláudia Romariz e equipe – CRCOM Comunicação Empresarial